Mais uma vítima do branqueamento histórico que atingiu personagens como os escritores Machado de Assis e Mário de Andrade, a preta Chiquinha Gonzaga ousou também desafiar os padrões machistas de seu tempo. Numa época em que as mulheres eram criadas para serem subalternas a seus maridos e ficarem em casa, ela não só se separou (um escândalo para a época), como decidiu investir em uma carreira então destinada somente a homens: ser musicista. Seu pioneirismo não se limitava somente a isso, ela também foi uma das primeiras pessoas a se preocupar com uma questão fundamental na carreira de todo artista, os direitos autorais. Para além de uma série ficcional de televisão, sua história neste documentário, dirigido por Juliana Baraúna e Igor Miguel, revela um ícone da liberdade.